sábado, 12 de outubro de 2013

Dieta Vegetariana no Desporto (Parte I)




As dietas vegetarianas caracterizam-se por serem ricas em glícidos complexos, fibras, fruta, vegetais, antioxidantes, fitoquímicos e pobres em gordura saturada e colesterol,comparativamente ao regime omnívoro.
                                        
Existem dois tipos de regimes alimentares vegetarianos, os ovo-lacto-vegetariano e os vegan.
A dieta ovo lacto vegetariana é mais comum; caracteriza-se pela exclusão de carne, peixe mas inclui produtos lácteos e ovos. As carências nutricionais são menos frequentes neste regime, porque os produtos de origem animal ingeridos são ricos em proteínas de alto valor biológico, cálcio, Vitamina D e vitamina B12.

Nos vegans há uma exclusão completa dos produtos animais e seus derivados, a dieta consiste basicamente em frutas, vegetais, legumes, leguminosas, frutos secos e sementes. Apresentam maior risco de carência de alguns nutrientes, tais como: vitamina B12, Vitamina D, cálcio e zinco.

Nos atletas vegetarianos a distribuição de glícidos (45-65%), gordura (20-35%)  e proteína (10-35%)  é igual aos não vegetarianos.  No entanto, é necessário acrescentar 10% da energial total ingerida em proteína, devido á má absorção da proteína vegetal. Tomemos como exemplo um atleta de 75kg que ingere por dia 4000kcal, das quais 20% são em proteína (800kcal).


 Como cada grama de proteína equivale a a 4 calorias, ele consome 200g de proteína por dia logo, o acréscimo necessário será de 20g/dia.

Estes regimes alimentares, tal como já foi referidoanteriormente, apresentam algumas carências nutricionais. Normalmente, apresentam baixos níveis de creatina (responsável pela manutenção da massa muscular e esforços de explosão), reservas de ferro (transporte de oxigénio), zinco (sistema imunitário), vitamina B12 (síntese de DNA e eritrócitos) e cálcio (tecido ósseo e contração muscular). Recomenda-se a sua suplementação, desde que a sua carência nutricional seja diagnosticada clinicamente.