A
influência da cafeína no rendimento desportivo está amplamente estudada, a sua
utilização está associada a vários tipos de desportos.
Actualmente não consta na lista das substâncias proibidas pela Agência Mundial Anti-Dopagem, no entanto está inserida no programa de monitorização de 2012, podendo vir a ocorrer alterações na legislação vigente.
Após
a sua ingestão, a cafeína é rapidamente absorvida no tracto grasto-intestinal,
para a corrente sanguínea. As concentrações sanguíneas aumentam de 15 a 45
minutos após a sua toma, sendo a sua concentração máxima aos 60 minutos. Estes
valores diminuem de 50 a 75% ao fim de 3-6 horas. A cafeína é metabolizada no
fígado e transformada em três subprodutos (paraxantina, teofilina e teobromina),
sendo excretada pela urina.
Existem
diversos mecanismos que podem explicar o efeito da cafeína no rendimento
desportivo:
- Compete com os receptores da adenosina nas células nervosas, retardando a fadiga central (sistema nervoso central)
- Diminui a utilização do glicogénio muscular durante o exercício e promove a mobilização e oxidação dos ácidos gordos livres, poupando assim as reservas de glicogénio no músculo.
- Poderá elevar os níveis das hormonas B-endorfinas, diminuindo assim a percepção e sensibilidade à dor.
- Efeito na junção neuromuscular (ligação entre nervos e músculos), proporcionando um prolongamento do rendimento máximo.
- Poderá apresentar efeito termogénico, mas necessita de maior investigação.
Existem
diversas formas de produtos com cafeina (barras, géis, capsulas e bebidas), a
mais indicada é a cafeina anídrica (desidratada). A sua ingestão deve ser feita
60 minutos antes da competição, variando a dose entre 3 - 6 gramas por
quilograma corporal.
Muitas
vezes a cafeina aparece associada ao aumento do número de micções urinárias e
naturalmente à desidratação. Todavia, investigações recentes não demonstraram
qualquer associação entre o total de água corporal e a ingestão de cafeína.
A utilização
da cafeina comprovou ter efeito no rendimento desportivo, no entanto, esse
efeito parece depender do tipo de exercício, intensidade, duração e condição
física do atleta.
O assunto é interessante. No futuro gostaria que o autor elaborasse sobre o tipo de exercício, intensidade, duração e condição física dos atletas mais susceptíveis à influencia da cafeína.
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