A avaliação da composição corporal em crianças e adolescentes é diferente dos adultos, em que os métodos requerem uma maior cooperação por parte do avaliado .Comparativamente aos adultos, durante as idades pediátricas existe uma grande variação na composição corporal, atribuída às diferentes fases de crescimento. Desde a infância à adolescência, durante o processo de crescimento ocorre, por exemplo, redução do TAC e aumento massa isenta de gordura (minerais e proteínas).
Existem dois tipos de
metodologias utilizadas na avaliação da composição corporal na pediatria: os
métodos de campo e os métodos de investigação.
Os métodos de campo
caracterizam-se por serem não invasivos e de baixo custo, mas não são
suficientemente precisos na avaliação dos indivíduos ou na monitorização de
pequenas mudanças na composição corporal. Exemplos destes métodos são a
hidrodensitometria, a pletismografia por deslocação de ar ou as equações
derivadas das pregas cutâneas. Os métodos utilizados em investigação são
invasivos, de grande custo, mas com grande precisão nas suas medições. Alguns
destes métodos têm a desvantagem de recorrerem ao uso de radiação.
O nível II ou
Molecular divide o peso corporal em MG e MIG, e assume que a densidade e
hidratação da MIG são constantes nos adultos. Não obstante, nas crianças e
adolescentes esses valores variam com a idade. O modelo mais adequado para a
análise da composição corporal em ambiente de investigação é o modelo sistema
de tecidos, que permite descrever o crescimento da MG e dos componentes da MIG
(água, proteína e minerais) ao longo das diferentes fases de crescimento. Na
avaliação da composição corporal em pediatria é necessário adicionar outros
componentes a este modelo:
Mct=MG+MIG
(Água+Proteína+Glicogénio+Mineral Ósseo+ Mineral Extra Ósseo).
O TAC é avaliado
através da diluição de óxido de deutério; a proteína é determinada pelo TKC; e
a água (intracelular e extracelular) é calculada através da estimativa do TAC e
do TKC. O mineral não ósseo é obtido considerando que existe 9,4g de mineral
por quilograma na água extracelular, e 9g na água intracelular. A proteína é
determinada assumindo que em cada milimole de potássio existem 461mg de
nitrogénio e que 16% das proteínas são constituídas por nitrogénio. O conteúdo
mineral ósseo é obtido através da DEXA. Considera-se que o glicogénio constitui
0,45% do peso corporal.
Referências
Bibliográficas
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